metade da torta.

Essa história toda da tornados e furacões. Durante uma pescaria em Belize aconteceu um furacão na costa do Pacífico do México, e a pressão caiu drasticamente por todo o Caribe. Os permits que por natureza são frescos, estavam ridiculamente ultra afrescalhados.

Dos 6 dias de pesca, 3 foram engolidos pelo furacão. Metade da pescaria.

Eu acho, acho de achismo, que essas marés ultra baixas que estão batendo no litoral (Santa Catarina, Paraná) tem a ver com essa série de Dilmas que estão batendo lá pra cima. Afinal é tudo um sistema, sistema global de pressões e ventos e água.

O pescador tem que prestar atenção nessas coisas, sentir na pele, ouvir o vento, ficar atento, como os humanos da antiguidade faziam. Durante a viagem pela África em 2008 nos encontramos com um bushman de Botswana e entre seu leque infinito de histórias fantásticas uma destas conta que o bicho que será caçado para alimentar a família e a tribo, puxa – através de uma corda energética – o caçador até o encontro dos dois. O bicho atrai o caçador!! Chame de intuição na mais pura forma.

Por isso não gosto de usar eletrônicos como relógio com todas as funções (barômetro, altímetro, etc), radar em barco também, prefiro ver as correntes de água, observar a mata em volta, enfim, é estar em contato de verdade com a natureza. Você já olhou nos olhos de um peixe que acabou de capturar? Um tarpon uma vez, eu juro que ele estava muito muito muito puto comigo, e isso foi transmitido só pelo olhar. É afinar essa comunicação para estar mais atento ao mundo e menos conectado sinteticamente.

Entre furacões e caçadores, estamos nessa pira de pescaria com fly. Um equipamento que não largo é o conjunto jaqueta gore-tex Simms e macacão de Gore-tex Simms, sinto muito bushman, mas tanguinha de couro de kudu não dá.

 

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