Depois da patada na cara sobre o pesque e solte – durante a apresentação lembrei dos mega bonefish que pegamos em LR e que fritamos, empanamos na areia quente das praias ou nas pedras marginais dos flats e servimos às barracudas. Peço desculpas a estes peixes pela minha ignorância passada. Na próxima vou levar meu net da Abel cuja malha é de material sintético sem nós, e quem sabe não tirarei nenhum peixe para fora da água… a não ser que seja um p… bom deixa pra lá.
Depois da palestra teve um workshop com o Gran Capitan Lefty Kreh.
É um arremesso que poderia denotar como Zen Americano. É a remoção total da força. Ele não faz força. Assim como Andy Mill transforma sua vara numa arma, Lefty Kreh a transforma em Nada.
Uma coisa meio Jedi Guerra nas Estrelas May the FORCE be with You. É como Ernest Hemingway que tira todas as palavras e fica com uma só. Como Michelangelo retirou todo o mármore desncessário da grande pedra para dar vida a Moisés.
PARLA ! PARLA !
Demonstrando o arremesso perfeito aos atendentes da palestra, ele conta um monte de piadas, de causos de pescaria e naturalmente envolve a atenção das pessoas com carisma.
Um dos Gênios da nossa Época.
Essa coisa de arremesso é engraçado. No início das minhas pescarias de fly, eu assisti muitos vídeos de arremessos naquelas fitas VHS contrabandeadas.
Eu ficava tentando imitar o arremesso da Joan Wulff com a quebradinha de pulso, hora eu tentava do jeito do Lefty, hora tentava do jeito do Trey Combs e por ae vai.
Nasci sem estilo até que um dia parei e pensei: Pô! Pq não posso ter meu próprio estilo?
E desde então comecei a prestar atenção no movimento físico da vara aliando ao meu conforto na empunhadura.
Hj meu arremesso é muito mais tranquilo, braço leve, mas colado ao corpo, mais ou menos parecido com a escola purista de segurar o livro embaixo do braço.
Fiz um curso de aperfeiçoamento com o Gerson, onde ele afinou esse estilo e hj consigo arremessar bem, com precisão, sem cansar e tirando o máximo de performance da minha Sage.