No México, último dia, pesquei com o Steve.
Senhor de 60 e poucos anos que estava pensando em propor sua namorada de 30 em casamento após voltar da viagem. Simpático e feliz com a vida, muito curioso sobre o Brasil.
O que pegava era sua artrite nos quadris.
Que sofrimento. Ele ficava em pé na proa 20 minutos e tinha que parar por causa da dor. O guia e eu o ajudávamos a descer. Mesmo assim, doendo de suar, era sentar na poltroninha do console e começar a conversar coisas divertidas, xingar o Obama, tirar sarro de si mesmo. “Porra, mas eu tô fudido mesmo” e dávamos risada. 
Quando Steve embarcou este tarpon, o guia me olhou e ficou claro que saiu um peso do barco:
Saúde é o que interessa, o resto, só esperar a maré.
