Ocorreu.

O vôo para o Brasil era as 21 horas, Miami Gru.

Bom, faço o check out do hotel ao meio dia e vou até a loja de produtos náuticos, depois lá pelas 17 devolvo o carro. Planejei.

Na loja (gigantesca) dá para passar horas babando nas coisas, comprando futilidades e parafusos de aço inoxidável. 

Em um corredor havia um casal, de cara dá pra ver que eram brasileiros, só pela mulher se percebe. O sujeito estava em frente às lanternas de led, bem o que eu procurava. 

-Nossa! Achei as lanternas para carreta, olhe só amor, U$80!

-Humpf….    Suspirou a dona com cara de…

O carrinho do cara estava cheio de ferramentas, capas, até um cooler de 60 litros tinha.

-Quero ver como você vai levar tudo isso! Olha só Haroldo (nome fictício)!

-Eu me viro. Disse enquanto jogava mais um par de lanternas no carrinho.

Ele se virou e achou boia para a poita.

-UAU!! U$20!!!

-Haroldo, você gasta um monte de dinheiro com aquele seu barco e comigo fica todo muquirana, na Victorias Secret não foi nem U$100! Almoço só no MC donalds (etc etc etc).

-Eu gasto com o que me dá mais prazer.


Foi tão natural e espontânea a resposta que o silêncio parece que fechou hermeticamente o corredor. 

Tinha um mexicano por ali que entendeu e deu uma risadinha. Eu me segurei ao máximo.

A dona calou-se, levantou, nesse tempo estava sentada no cooler de U$500, e foi embora pegando um taxi na frente da loja.

O cara olhou pra mim, olhou pro mexicano, deu com os ombros e continuou comprando.

Devolvi o carro e as 19 horas fazendo o check in na Tam, passa a moça do episódio, sozinha, com uma malinha magrinha e de óculos escuros.

E ela era bem gata.



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