Uma Caixa de iscas SEM iscas.

Quem leu o livro do Pauno Coelho, aquele sobre o caminho de SanTiago de Compostela, vai saber que o peregrino, não o falcão, vai deixando as coisas que carrega para trás, a medida que caminha. Percebendo que muitas coisas que achamos serem necessárias na realidade não são.

Assim como ler o livro citado, que ainda bem não perdi meu tempo lendo e espero que você também não tenha feito, muitas coisas que levamos em viagens e pescarias são inúteis no trajeto.

Aprendi nas minhas andanças que sempre levava cuecas demais, meias demais, roupas demais, roupas de frio demais e na parte da pescaria iscas demais, varas demais, linhas demais.. etc.

Para Los Roques, essa mochila da Umpqua e esse case da Orvis acomodam tudo que se precisa para uns 5 dias pesca. Na mochila vai:
2 calças e 2 camisas de pesca
2 camisetas 
1 bermuda
2 meias para andar nos flats
1 carretilha com linha WFF
1 rolo de backing extra
1 linha WF F extra
Botas de vadeio flats
1 caixa de iscas
Líderes e tippets

No case vai:
3 varas (889 ou 899 ou 789 ou 8910)
2 carretilhas com linha WFF
Alicates e cortadores proibidos em avião
Iscas 
Protetor Solar
………
Você entendeu,  o que não pode na mala que leva dentro da cabine vai nesse case fechado e lacrado e despachado. Se por um acaso o case sumir você terá tudo, exceto a vara, que infelizmente é proibido carregar no avião no Brasil.

Blue Horizon Lodge.

Será que para Patagonia essa dupla também aguenta? Para climas quentes que não requer roupas pesadas acredito que é a solução, até mesmo para uma viagem a Amazônia, ao Rio Paraná serve perfeitamente, para Yucatán também. Em Belize quando entreguei minha mala para o guia que aguardava na marina, estava tão leve que ele perguntou onde estava a outra mala. “Travel light yô môn!” Yep.

A capacidade viajar leve é um grande trunfo do pescador com fly. Nos aeroportos da vida se vê aqueles pescadores com tubos de 3 metros, carregando chumbadas, anzóis triplos, coisa medieval.

Vivendo, viajando e aprendendo.