Ele pescava dourado no fly bem antes disso ser cool.

Encontrei-me com Nelson Borges em 1997 quando ele veio visitar um sobrinho – se me lembro bem – em Curitiba. No momento comprei 2 iscas de deer hair dele. Perguntou qual vara eu usava e respondi que era uma 7. Nelson comentou que preferia a 8 por que “é mais fácil mudar a direção da isca com uma vara 8”. Em 1999 comprei dele uma porção de streamers para pescaria na Amazônia, as iscas chegaram exatamente no momento que estava saindo de casa. Eram atadas em anzóis finos e só material natural.

Isca FIVE PARTS atada pelo Nelson Borges. 1999.

E peguei muito muito peixe com aquela dúzia de iscas – se tivesse levado só aquelas teria garantido a pescaria – em especial um Five Parts que aguentou e pegou peixe durante uns 2 dias seguidos, só tucunaré grande de mais de 6 kg – pacas a rodo, foi mágico.  Era uma época que se o anzol abrisse o erro era do pescador! Hoje em dia sujeito abre anzol Tiemco 3/0 com tarponzinho de 20kg, reclama na internet que o anzol é ruim,  e vai pro psicólogo…. (e o pior é que é verdade este acontecimento mencionado).

Nelson nos últimos 3 anos comprava frequentemente na FSB, especialmente olhos do Puglisi. Sempre uma boa conversa ao telefone e várias risadas.

Sentirei falta do amigo, mas sei que viveu uma vida pescativa das mais ricas do mundo, pegando dourado grande muito antes disso se tornar popular e até possível para outros.

Obrigado Nelson!

 

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