Nas primeiras pescarias fomos tentar na água doce.

Tínhamos uma chácara em um condomínio e existe lá um lago maravilhoso, com enormes black bass, traíras, lambaris e os famosos acarás.
Fomos tentar na primeira pescaria com o equipamento comprado no Paraguai (vara telescópica) uns peixes pescando do barranco.
Foi divertido, mas percebi que era uma pescaria meio devagar demais. Com 13 anos de idade, queria mais atividade, ficar parado esperando não estava agradando.

Meu tio pescava robalos faziam décadas com iscas artificiais. Eram papa blacks, jigs e uma ou outra isca importada – era difícil conseguir equipamentos nos meados de 1980!

Voltamos ao Paraguai e comprei algumas carretilhas ABU GARCIA 5500, varas Daiwa de composto fibra de vidro e grafite, iscas Rapala floating, e numa loja de material de construção no meu bairro, umas Papa Black.

Descemos ao litoral no outro final de semana, e em 5 pessoas no barco, apoitado em frente ao mangue, começamos a pescar robalos com iscas artificiais. E pegou logo de cara.

Meu tio manjava muito de pescaria, de clima, de maré, de posição do barco, meu avô manjava de ficar em silêncio, da arte de escutar a natureza, e com ambos aprendi em alguns poucos meses o que levaria uma vida inteira. Sendo uma criança – ou pré adolescente – todo o conhecimento dos dois foi interiorizado rapidamente apenas no convívio de ir pescar e ficar prestando atenção e ouvindo o que diziam e como faziam. Os dois eram famosos pescadores entre os pescadores profissionais da região – o que era uma grande honra. Se os caras que manjam te dizem que você manja, então você manja.

Assim comecei a pescar com iscas artificiais, que mais tarde levou a pescar com fly.

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